Editorial | 10 anos de uma jornada para o futuro

Fazer jornal diário em tempos de internet é fácil. Difícil foi quando não tinha celulares, telefone fixo era raro e não havia a estrutura para, em tempo disponível, elaborar 32 páginas, entregar em tempo recorde com assuntos daquele dia, economia, política, esporte e social e, além de tudo, buscar a exclusividade. Este tempo finalizou em meados de 1996. Depois veio o celular que poderia ligar para determinada liderança ou autoridade sempre, ir ao seu encontro quando, antes, era como procurar sem um destino certo.

Com a chegada da internet, as redações já sabiam, muito, que ela iria para os celulares e que, quando isso ocorresse, seria o início do fim de um jornalismo impresso ou saudosista como hoje é visto.

De cada edição eram separadas 10 ou 20 exemplares para ficar no arquivo caso, em um momento, fosse necessário encontrar este jornal do dia para servir de documento para estudos em qualquer direção de seu uso.

Mas como guardar tantos jornais? Qual lugar? Com que proteção para não deteriorar? Em ordem de datas? Como? O tempo ensinou, mas ele mesmo dissolveu isso. Se de um lado tinha em mãos estes documentos, foi feito a fotografia de tudo e colocado em um arquivo digital que, como tudo novo na tecnologia, conseguiu oferecer este recurso para tirar os jornais do calabouço, escondidos pelo tempo de sua, apenas e tão somente, serventia de pesquisa.

Fazer jornal hoje é mais fácil. Às vezes nem é necessário sair da redação que, nos tempos das máquinas de escrever, eram barulhentas, maravilhosas porque ali estavam jornalistas com a firmeza que a profissão exigia. Hoje, sabe-se, têm até “jornalista” de Facebook.

Ele, achando-se formador de opinião, copia dali, põe lá e, do nada, pronto, seus seguidores tomam conhecimento do que ele noticiou.

Pelas redes sociais se faz jornal permanentemente com a qualidade daquele que se diz capacitado para noticiar algo que imagina ser importante.

As fake news são o maior desafio que se tem notícia no mundo da comunicação. Hoje, ultrapassa tanto o jornalismo que, por ele, foi construído um resultado eleitoral baseado no que há de pior nas notícias grudadas e sem nexo.

Nenhum jornal impresso consegue, ou vai conseguir, se manter no futuro concorrendo com a informação falsa. Jornalismo é atacado permanentemente pelas forças de controle do Poder que, como uma faca na garganta da verdade, arrancam suas luzes, introduzindo as trevas que ganham assistindo a desgraça que constroem.

Não é fácil fazer Jornalismo. O Lê NOTÍCIAS foi o primeiro jornal diário que mudou o conceito de jornalismo habilidoso, rico em informação, rapidez em produção, equipe de competência que influiu na vida das pessoas onde alcançou quando assumiu sua ousadia de impressão diária.

O leitor participou, contribuiu, indicou a direção, deu sua firmeza a isso para dizer o que quis. Chegou aos bairros, deu voz a quem não tinha, discutiu motivos, indicou desafios, fez acontecer. O assinante viu-se contemplado, atendido, respeitado, existido porque, todos os temas que diz respeito à moda, economia, política, social, esporte, setores dos seguimentos comunitários, entidades, instituições, tiveram voz dentro do Lê NOTÍCIAS.

Escreveram juízes, promotores, empresários, profissionais liberais como médicos, engenheiros, arquitetos, empresários, líderes comunitários e políticos.

Cadernos focados no Agricultor, das Mulheres, Juventude, Idoso, Homem, Criança, Animais, Floricultura, Cultura, Arte. Contemplou tudo e todos desde sua fundação em 06 de maio de 2010. De lá em diante, modificou-se pelas agências, mas nunca, nunca mesmo, perdeu seu conceito de Jornalismo e visão profissional. Entrevistou todos, oferecendo espaços a todos, concedendo o debate.

Nenhum jornal de Santa Catarina, com todo o respeito que este veículo tem pelo trabalho que realizam, foi tão ousado, alto, desafiador e promotor da democracia limpa e comprometida com a cidadania.

O lema é e sempre será o que é a essência que marca sua altura de compromisso com a verdade. Informando você para construir cidadania.

10 anos de jornal, a história mudou com o Lê NOTÍCIAS e ele ajudou a mudar a história.

Colaboradores, todos, da confecção à entrega do jornal pela manhã, são os profissionais que assinam a mudança do mundo. Jornalismo é mudança, jornalismo é democracia, jornalismo faz cidadania. Onde há cidadania, tem-se uma existência compreendida, comprometida, um transformador de uma sociedade patética para a altruísta.